30.5.11

Obrigada, Filho da P**

Se a sua intenção era ferrar com a minha vida... sinto informar que foi sem sucesso.
Porque mesmo depois de choros, gritos e revoltas de garotinhas de 5 anos..
 eu me dei conta que só tenho a lhe agradecer!
Obrigada por me iludir e depois pisar em cima de mim,
me ensinou a olhar bem com que tipo de babaca vou me meter.
Obrigada por dizer que me amava,
me ensinou a mentir.
Obrigada por sempre me decepcionar,
me ensinou a não esperar nada de ninguém.
Obrigada por ser lindo,
me ensinou (quem diria!) que a aparência não é tudo.
e obrigada por ser quem é,
me faz sentir mil vezes melhor por ser quem eu sou.
De resto você pode ir se f***,
Grata.

Ah! e obrigada também por não ter atendido nenhuma daquelas ligações,
elas teriam me custado uma fortuna!



Hole - Skinny Little Bitch

28.5.11

Várias formas de amor

E aqui estou eu em mais um dia em que me questiono sobre relacionamentos. óbviamente verei um filme de drama pesadíssimo com meu pai, pediremos uma pizza de calabresa e irei dormir com a consciência - e o estômago - pesados. vou dormir e acordar com a eterna incerteza "será que vale a pena amar?" não sei... simplesmente se ama.
E quando se ama, ah, somente se ama! Desde dos meus calafrios, tremedeiras, choradeiras...tudo isso é o meu amor que transborda do meu coração e do meu pensamento, tentando chegar até você. Tentando te tocar...como você me tocou.
E quando se ama, nao se entende, não é preciso entender. Quando se ama, se sente, a ponto de na dor, sentir prazer. Se ama sem motivo, se ama por ser quem é, por ser real. Se ama porque é amor, e porque qualquer forma de amor vale à pena.
O amor distante, o amor irreal, o amor impossível. Será mesmo que existe o maior amor do mundo? Eu não sei como seria te perder e não gosto de pensar na possibilidade. Minha alma vai sentir saudade, se um dia a gente ir embora. Não vou aguentar de infelicidade de viver sem ti. Sem esse sentimento puro e mágico, sem a felicidade do teu carinho e abraço...sem você.



Janis Joplin - The Rose

27.5.11

"Mas você gostava de Hitchcock!"

Um casal (ou como quiser chamar) em uma fase crítica de um relacionamento - que um dia já existiu - decidem ir ao cinema.
O caminho até lá já não é mais regado com conversas intelectuais, discussões inteligentes ou conversas idiotas e discussões sobre comida, como acharem melhor.
Chegam no cinema "O que você quer assistir?", "Tanto faz", "Hitchcock?", "Hitchcock de novo não!", "Mas você gostava de Hitchcock!", "Pelo amor de Deus, será que você é tão estúpido a ponto de não entender que toda a história de 'Hitchcock é fascinante' era só uma mera tentativa de fingir algo em comum com você, assim nós poderíamos começar algum tipo de relação? Eu nunca gostei de Hitchcock, aliás, nunca vi um filme inteiro dele. Ele é só um gordo de cabelo branco."
"Ele é só um gordo de cabelo branco.". Dois anos juntos, e é aí que você se dá conta que você não sabe nada sobre ela. Milhões de perguntas vêm à tona, e agora? ela pode ter mentido sobre tudo! orgasmos, livros, gostos, filmes, diretores, e até comida! até o sabor de sorvete... até sobre quem ela realmente é. Será que nos apaixonamos por mentiras? será que também mentimos na tentativa de fazer um relacionamento dar certo?

E é aí que você percebe que nunca a conheceu a fundo. Você nem SE conhece.
É aí que os relacionamentos começam a fazer sentido para você; relacionamentos são totalmente SEM sentido. Loucos, cheios de manias, jantares e cafés da manhã, sexo, elogios, brigas, incostantes.
Mas se você nunca fizer algo que alguém odeie, ninguém vai amar.




Blue Monday - Flunk

21.5.11

Party Like It's 2012

Imagine que alguém te dissesse hoje: "Você está livre pra fazer o que quiser da sua vida, sem se preocupar com absolutamente nada."
O que você faria?
Alguns com certeza iriam gritar de alegria e tratar de pôr em prática todos os seus planos.
Mas no final das contas, a grande maioria iria sentar numa calçada e não conseguiria aproveitar nada da sua liberdade. Não saberiam o que fazer, como se divertirem, como serem livres. E eu vou dizer o por quê; porque elas nunca foram livres. Todos nós nos julgamos livres, mas às vezes não somos em prática. Estamos tão presos ao cotidiano, ao trabalho, deveres, padrões, que nos esquecemos de como é viver sem eles.
Você ouve alguém reclamar do emprego, mas tenha certeza que se essa pessoa saísse do emprego agora ela não saberia a mínima do que fazer.
Nós hoje em dia temos uma liberdade ilusória, que é aquela liberdade que te põe numa gaiola de vidro. Você acha que está livre - pois consegue olhar tudo lá fora - mas quando tenta sair, dá com a cara nas grades.

A liberdade é tomada como uma coisa um tanto anarquista para algumas pessoas. Imaginam uma sociedade sem qualquer tipo de regras, um caos completo.
Outros acreditam que a liberdade é conquistada, que só se tem liberdade quando se trabalha, se tem dinheiro, autoridade.
Também vão ter os poucos que julgam liberdade como brisa nos cabelos, sair sem avisar - e sem saber - aonde vai, viajar, rir sem limites, não ser censurado.

Mas no final das contas o que você precisa lembrar é que: ninguém sabe quanto tempo de vida você tem. Será que você vai conseguir alcançar a liberdade antes que seu tempo acabe?
Errado.
Você é livre, sempre foi, e pode fazer da sua liberdade o que bem entender.
Se preocupe com o dinheiro, sim, afinal, "você só está acima do dinheiro quando você o tem."
Sim, respeite as regras, mas sem esquecer da regra número 1: "ser feliz" (por mais clichê que isso seja)
Trabalhe, mas não se deixe virar escravo.
No final das contas, toda a sua vida é um mistério. Você não sabe quando vem ao mundo e nem quando vai deixá-lo, então aproveite do que você tem, enquanto o tiver.
"Party Like It's 2012!"



The Bloody Beetroots ft Steve Aoki - WARP

11.5.11

Vulnerável

Às vezes me pego pensando em como é impossível não cair na rotina. Uma hora nós estamos rindo, nos descobrindo, fazendo uma coisa nova a cada momento.. e quando a gente menos espera, falta assunto, falta riso, falta excitação.
Já pensei que quem se amava mesmo estava sempre descobrindo alguma coisa nova sobre o outro, e nunca se cansava do outro. E talvez seja verdade, mas posso dizer que são poucos os casos.
Já quis me expor e expor o meu amor à desafios, brigas, declarações de amor arriscadas, ciúmes. Tudo isso pra testar esse amor, fazer ele quebrar barreiras, não enferrujar, aprender a viver, aprender a passar por dores, mas sempre, sempre, sair imune no final.
O amor já foi inquietante, já foi daqueles melosos, já foi daqueles turbulentos, dos que mais se ouvia desaforos, do que mais havia brigas.
Hoje, não temos nada disso. Aquele amor inquietante passou, e estamos como dois velhinhos aposentados, tomando chá, cada um em sua cadeira. Nada de testar, de se arriscar, para quê?
Só comodismo, só rotina. Só o básico "como foi seu dia?", o "tudo bem?", o "Bom dia" até o "Boa noite". Simplicidade. Há quem diga que cair na rotina é ruim, e eu já pensei assim. Mas a verdade é que é inevitável, estamos vulneráveis a isso.
Mas hoje tenho a certeza de que se meu amor superou todos os desafios, e todas as turbulências, ele merece um descanso. Merece uma quietude. Merece um simples beijo na hora de ir dormir, e um simples sorriso de manhã. Esse é o bom da rotina, apreciar as coisas pequenas e belas, que antes, considerávamos insignificantes. E sabermos que, entre um "Bom dia" e um "Boa noite", sempre haverá um "Eu te amo".



Passion Pit - Sleepyhead